DOENÇA DE PARKINSON E SELF-HEALING
A Doença de Parkinson (DP) é
uma doença neurodegenerativa, de causa idiopática, que afeta principalmente
pessoas acima dos 60 anos. Em alguns casos, a DP pode manifestar-se também em
indivíduos com menos de 40 anos, o que caracteriza o Parkinsonismo Precoce (PP).
Acomete cerca de 1% da
população mundial com mais de 65 anos. Estima-se que em 2020 aproximadamente 40
milhões de pessoas no mundo terão desordens motoras secundárias à DP, visto que
a expectativa de vida aumenta progressivamente na população mundial.
Foi descrita pela primeira vez
em 1817 pelo médico inglês James Parkinson, com o nome de “paralisia agitante”.
É uma doença degenerativa e
crônica resultante do comprometimento no sistema nervoso central envolvendo os
gânglios da base, sendo causada pela deficiência do neurotransmissor dopamina,
interferindo principalmente no sistema motor.
As principais manifestações
clínicas da DP incluem: tremor em repouso, rigidez muscular, bradicinesia (retardo
em iniciar movimentos, causado pelo atraso no cérebro ao transmitir as
instruções necessárias para as outras partes do corpo) e acinesia, alterações
posturais (postura em flexão), marcha “festinada” ou marcha rápida, pouca
expressão facial e sintomas não motores como depressão, alterações cognitivas,
alterações da qualidade da voz e distúrbios autonômicos. Com a evolução da
doença, complicações decorrentes secundárias dos sinais e sintomas determinam o
comprometimento mental/emocional, social e econômico, o que se revela
extremamente incapacitante para o indivíduo.
Na fala apresenta monotonia e
diminuição da intensidade da voz, articulação imprecisa e distúrbios do ritmo. Pode
também apresentar face em forma de máscara, sialorreia, seborreia, constipação,
retenção urinária, algias semelhantes a câimbras, micrografia e distúrbios do
sono.
Os medicamentos mais utilizados contem
levodopa, que no sistema nervoso é convertida em dopamina.
É necessário acompanhamento de
equipe multidisciplinar para o tratamento da DP, a fim de manter melhor
qualidade de vida.
Segundo nosso Mestre Meir
Schneider, em seu livro Movimento para a Autocura, “a mente é a consciência
não-material que habita cada parte do corpo, e cada parte do corpo humano é um
reflexo da mente. Para que cada mudança possa ocorrer no corpo, primeiro ela
deve ser aceita pela mente”. Para Meir Schneider, não devemos acreditar na
premissa de que o funcionamento incorreto de nosso corpo, ou seja, a doença, é
natural. Para melhorarmos, encontrarmos a saúde perfeita, precisamos ter a
visão da melhora desejada e praticar o movimento ou exercício adequado a fim de
instruir o corpo a atingir esta saúde perfeita. Devemos trabalhar em sintonia
entre corpo e mente.
Ainda sobre este assunto, Meir
diz que nossa mente controla o cérebro, que é o centro de todo o funcionamento
do corpo. Ela estabelece os padrões de percepção. Se penso de forma negativa em
relação à realização de uma determinada atividade, o meu cérebro levará a
informação aos músculos de que eles não podem agir. “Nossa mente limita a
habilidade de usar o cérebro; a inteligência inata do corpo é impedida de se
expressar pelas limitações aí colocadas pela mente”.
Finalizando, Meir Schneider afirma
que:
“Mesmo quando temos problemas nos nervos ou nos
músculos, esse tecido pode ser regenerado por meio de um programa de exercícios
físicos e mentais. Para isso, precisamos trabalhar com o nosso corpo e nossa
mente, para que o conceito não-material de saúde se manifeste no nosso ser
material. Para isso é preciso muito trabalho. As mãos carinhosas de um amigo,
terapeuta, pai, mãe ou companheiro podem ajudar a trazer um estímulo saudável
para os nossos músculos ou nervos”.
Portanto, visto que a doença
de Parkinson se manifesta comprometendo as funções motoras em resposta ao
comprometimento do Sistema Nervoso Central, e baseando-se na crença de que
nosso cérebro é comandado por nossa mente, acreditamos ser possível mudar o
curso desta doença dita neurodegenerativa progressiva, através de uma
reeducação da mente, em primeiro lugar. Estimularmos as pessoas com Doença de
Parkinson a trabalhar através de sua mente, de forma positiva. Bem como
estimularmos sua consciência corporal através da (auto) massagem e movimento,
da respiração, trazendo maior influxo de oxigênio à todas as células corporais.
Levá-las a terem maior consciência de suas posturas. Estimularmos a
propriocepção e o equilíbrio através do movimento consciente e inabitual.
“Nós procuramos em toda parte cura para
as nossas doenças, sem perceber que há uma força interior em nós que tem uma
infinita capacidade de curar o corpo, ou pelo menos melhorá-lo”. (Meir
Schneider)
Texto
escrito por Sandra São Thiago da Costa Pereira
Educadora
do Método Meir Schneider Self-Healing (Autocura)®
Data:
03/05/2015
Referências Bibliográficas:
Schneider,
M. Movimento
para a Autocura: Self-healing: Um Recurso Essencial para a Saúde. São Paulo, Cultrix, p. 231-233, 2005.
Souza,
CFM; Almeida, HCP; Sousa, JB; Costa, PH; Silveira, YSS; Bezerra, JCL. A Doença de Parkinson e o Processo de
Envelhecimento Motor: Uma Revisão de Literatura. Rev Neurocienc 2011;19(4):718-723
Steidl,
SEM; Ziegler, JR; Ferreira, FV. Doença de
Parkinson: Revisão Bibliográfica. Disc.
Scientia. Série: Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 8, n. 1, p.
115-129, 2007
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